TREJEITOS

TREJEITOS

Na ótica pendula do olhar
o vertical centrifuga o ar
e a retifica o escape defuma
a fuga da poluição abre alas
para com o tempo passar.

A odalisca da madrugada é fada
com a língua pesada e passada
arrisca, fiasco um fiado na cara
E a escrita na lista, encadernada.

A guarda sem carga esta lotada
d'um semáforo junto aos passos
trespassam pela pista em vão
fazendo faísca pela calçadas
até se perder da vista dom bom.

O caloteiro sem dinheiro
faz quadro com duas pernas
bate o pé, bate pandeiro
e agrega a sua macega.

E aquela espécie individual
sem rumos solta os prumos
leva pau, leva os cambaus
no fundo do mundo, sem fundo

Madrugada, fria doentes,
e as dores na fida do hospitais,
esse é o rumo do mundo inteiro!
Pela política cara de pau.

Esperança de uma promessa,
é uma mangueira grande de nível
na mão do treslouco que medi
o horizonte na horizontal
e aquela ótica vertical.

Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 12/05/2018
Código do texto: T6334559
Classificação de conteúdo: seguro