Cru, o olho cego louco

Cru, o olho cego louco

usado e sua cria envenenada

braseiro de humano labirinto

sem lume, sem singrar

Amarrando-me na aterrissagem crepuscular

sacio o flagelo de sentida

corda ceifada - tic ofegante tac -

de tempo solapado

Um coser além da vertical fenda

Chão caído sem arcano

Reflexo famélico nos recortes

de busto aflorando gemidos

Asilo da polpa suarenta desidratada

sem campo gaio para alarmar

vã busca

Publico as memórias

Censuro o look do terror nesta

fraga de vaivém vazio

e canto choco

André SS
Enviado por André SS em 12/05/2018
Código do texto: T6334531
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.