O Povo do Cruzeiro do Sul
Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 18
O Povo do Cruzeiro do Sul
Triste pôr do sol destas estrelas mortas,
no quintal da América do Sul do Sul,
cuja iridescência nunca pôde brilhar,
apagada que estava por minha amada,
a indígena Iracema e este seu séquito
de jandaias vermelhas que saudaram o
Macunaíma, detentor de almas feias,
almas de deturpados, essa inconsútil
alma do povo brasileiro... Mas que alma?
Que povo do Cruzeiro do Sul, afinal?
Não, não há, como nunca houve em tempo algum,
uma bolha de sabão que possa preencher
o nosso ar blasé de sul-americanos
que acabaram de sair da taba e chegaram
na metrópole, ávidos, sim, por apenas
esquecer a própria tal vivacidade
de povos novos, os povos sem passado...
Araras de tom amarelado e céu anil
povoando a Terra de Santa Cruz, enquanto
Zeca Tatu tira o seu bicho do pé...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 18
O Povo do Cruzeiro do Sul
Triste pôr do sol destas estrelas mortas,
no quintal da América do Sul do Sul,
cuja iridescência nunca pôde brilhar,
apagada que estava por minha amada,
a indígena Iracema e este seu séquito
de jandaias vermelhas que saudaram o
Macunaíma, detentor de almas feias,
almas de deturpados, essa inconsútil
alma do povo brasileiro... Mas que alma?
Que povo do Cruzeiro do Sul, afinal?
Não, não há, como nunca houve em tempo algum,
uma bolha de sabão que possa preencher
o nosso ar blasé de sul-americanos
que acabaram de sair da taba e chegaram
na metrópole, ávidos, sim, por apenas
esquecer a própria tal vivacidade
de povos novos, os povos sem passado...
Araras de tom amarelado e céu anil
povoando a Terra de Santa Cruz, enquanto
Zeca Tatu tira o seu bicho do pé...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)