SORTE
Apertou o baralho na mão
Esperança de sorte num jogo de azar
Será que estaria perto o futuro
Surgiria ao acaso um terno par
Nem preciso fosse eterno
Raio de luz no escuro
Aquecesse um inverno
Esperasse flores brotar
Cartas lançadas à mesa
Olhar de surpresa
Juntinhos rei e rainha
Um casal apaixonado
Mas olhem quem surge ao lado
Vontade de gargalhar
Valete é a carta vizinha
Não traz bom sinal...
O baralho, às vezes, se engana
Pode ter sido um erro no corte
Essa solidão sempre igual...
Sai à procura de outra cigana
Quem sabe tenha mais sorte
Nas runas ou bolas de cristal