URROS DE RUÍNAS

URROS DE RUÍNAS

O vento passou urrando, pelas ruínas
soprou poeira nos olhos da boiada
ainda ouriçou os cabelos da menina.

Vento mateiro, soprou treiteiro
vento venta nos olhos...
Dos pássaros em seu poleiro,
na venta dos rostos em agosto
no posto e no deposto
e dos meninos no terreiro.

O vento dentro do gosto e do desgosto,
vento que passa pelas esquinas da terra
e pelos fundos do mundo inteiro.
Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 08/05/2018
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