TRESPASSE
TRESPASSE DE UM DIA
Passa a noite, com ela...
Passa os passos e o passado
as passadas estreladas
a prata enluarada
o medo pelas calcadas.
Passa a noite, passa o galo
tambores com as cantadas
a vergonha quase nua
aquela alma penada
o silvio do guarda da rua
o golpe da falcatrua.
Passa a noite, passa a noite...
O vento com seu açoite
o grito que se danou-se
passa a foice da sorte
aquele suspiro da morte
o suspiro de todo norte
o gelo frio lá do sul
com sopro broco da morte.
Passa a noite
passa o fraco
baixo o alto o macho
o afeminado remacho
com fraque e o casaco.
Passa noite
passa o ébrio
o bêbado todo babado
as sombras com sua onda
os olhos todos assombrado.
Passa o ladras do cão
o caso do lobisomem
tremores tremendo as mãos
e o homem que se consome
Antonio Montes
TRESPASSE DE UM DIA
Passa a noite, com ela...
Passa os passos e o passado
as passadas estreladas
a prata enluarada
o medo pelas calcadas.
Passa a noite, passa o galo
tambores com as cantadas
a vergonha quase nua
aquela alma penada
o silvio do guarda da rua
o golpe da falcatrua.
Passa a noite, passa a noite...
O vento com seu açoite
o grito que se danou-se
passa a foice da sorte
aquele suspiro da morte
o suspiro de todo norte
o gelo frio lá do sul
com sopro broco da morte.
Passa a noite
passa o fraco
baixo o alto o macho
o afeminado remacho
com fraque e o casaco.
Passa noite
passa o ébrio
o bêbado todo babado
as sombras com sua onda
os olhos todos assombrado.
Passa o ladras do cão
o caso do lobisomem
tremores tremendo as mãos
e o homem que se consome
Antonio Montes