Noite

Noite

Um cortante sopro invernal

O frio retesa a pele e arrepia

Lancinante noite infernal

De uma vida completamente vazia

O vento ruge de modo anormal

Uma sensação crescente sombria

Que nada ficará bem ao final

Deixa a noite ainda mais fria

As vozes se misturam ao medo

Galhos... garras afiadas

Delineiam parte de meu enredo

Grito de horror, garganta sufocada

Acordo por entre um arvoredo

Com minhas vestes rasgadas

Assassinatos noticiados logo cedo

Sorrio ao ver minhas mãos ensanguentadas

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 08/05/2018
Código do texto: T6330335
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