Noite
Noite
Um cortante sopro invernal
O frio retesa a pele e arrepia
Lancinante noite infernal
De uma vida completamente vazia
O vento ruge de modo anormal
Uma sensação crescente sombria
Que nada ficará bem ao final
Deixa a noite ainda mais fria
As vozes se misturam ao medo
Galhos... garras afiadas
Delineiam parte de meu enredo
Grito de horror, garganta sufocada
Acordo por entre um arvoredo
Com minhas vestes rasgadas
Assassinatos noticiados logo cedo
Sorrio ao ver minhas mãos ensanguentadas
Eduardo Benetti