Noite
Me apaixonei pela tua alma.
E em cada linha que escreve encontro entre as letras o frescor de lábios ressequidos à iminência do inverno.
Não lembrarei de esquecer o toque macio que nunca tive nem olvidar a dor não sentida.
Sob os faróis amarelos que são teus olhos sinto muito e me calo. Minhas mãos, trêmulas e suadas, são a ponte que se desfaz entre meu céu e teu oceano.
Chove
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e quiça encontramo-nos no fulgor de uma estrela que mesmo finda ainda ilumina e espalha, com ou sem lua, a lembrança nunca existida após nossas mortes para aqueles que logram a vida.