LUZ
(Sócrates Di Lima)
Cheguei ao fim do meu caminho,
Na busca da minha estrela encantada,
E lá, percebi que estava sozinho,
Sentado á beira da minha estrada.
E naquele fria calçada,
Senti e vi, lá não tinha nada,
Nem estrela, nem namorada,
A luz do túnel estava apagada.
Aquela esperança acabou,
No começo de um novo ano,
O antigo ao final outro dia chegou,
O que era novo, foi engano.
Eu não imaginava,
Que no final do túnel não tinha luz, verossímel,
Sempre aprendi e eu esperava,
Que havia uma luz no final do túnel.
Nesta vida tudo vem e tudo vai,
Até aquilo que nunca foi,
O bom e o ruim entra e sai,
E nem sempre é bom o que vem depois.
E de todas as luzes que ja me iluminou,
Há uma que sempre em meu coração acolho,
Ele vem de uma alma que já me amou,
Aquela que sai de dentro dos seus olhos.
E quem as esperança perde,
Apaga a sua própria luz,
E a tudo que se sucede,
É reflexo da sua própria cruz.
E mesmo não encontrando nada,
No final do arco-iris,
Talvez não soube olhar na minha estrada,
O que poderia ver da minha iris.
Há sempre que a esperança ter,
Porque faz parte da vida como um elo de anel,
E com o coração livre há que perceber,
Que sempre haverá uma luz no fim do túnel.
Mas há outra luz que mais me ilumina,
Além da luz do seu olhar profundo,
Olhar de mulher, senhora, menina,
É O olhar da Luz do fim do mundo.