Vitral
Sou dessa gente estranha
que movimenta a vida
à caça de coerências,
que vai no encalço do tempo
com sede de coisas tantas,
e fuça podridões
como a garimpar diamantes.
Janelas de minh’alma,
dadas loucas, posto que falam,
têm fome dos invisíveis.
Sobre olhos,
antes doidos os que calam
e inusitados os que desalcançam o sobrenatural.