TEMPO DE GUERRA

Hora de pegar em armas

e largar a mão amada

Hora de apertar gatilhos

Dançar ao som das metralhadoras

Atrás das barricadas de corpos

O rosto pintado de rubro

Atacar, recuar, feito feras

No calor presente da batalha

Nos segundos que dá pra ouvir os capinzais

Trocamos os pentes de balas

Há uma guerra e o tempo é de fúria

Esqueçamos as belezas

Sobre a lama e sob a chuva

Com os óculos embaçados

Diviso no céu uma granada

Que cai feito um bordão

E a sinfonia continua

Até seu grande final

Cara a cara com os inimigos

O resto eu conto depois