Quem dera igual à bruma matutina

Quem dera igual à bruma matutina

que se esvai vendo o sol raiar...

Partir levado sendo pela ondina,

das lembranças que fizeram algum dia eu chorar.

Como o pastor que vai com seu cajado,

eu com elas sorridente...

Vou sentindo palpitar em mim contente

o coração ali que bate alucinado.

Ao lembrar-se destes prados verdes, floresceu

em mim que ia nessa andança...

De mãos dadas pelo vale da lembrança

o sentimento que me entristeceu.

Pra cantar-te nesta vida, sobre à mágoa e á dor

este foi o meu destino...

Encontrar na poesia o amor,

soando triste, como se fosse um violino.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 04/05/2018
Código do texto: T6327014
Classificação de conteúdo: seguro