Donzela de Laranja e Croissant
Garota desta minha loucura poética
És um suco que bebo por inteira
Vou falar da menina com perfume de Laranja
Gosta tanto de comer Croissant com canja
Seu jeito meigo uma doçura minha Anja
Mulher gentil no quesito Mansa
Tua perfeição as vezes me Cansa
É tanta emoção numa corda Bamba
Tua beleza vitoriana causa-me Câimbra
Tu és a musa poética a belle Dama
Saibam todos que tanto amor é Ânsia.
Eu mergulho nas misérias do meu gueto
Eu adentro a mística do Terrero
Eu martelo meu coração no Ferreiro
Eu raspo todo o meu Cabelo
E me arrisco por perder-te em ti o Selo
Eu um pobre e feliz Negro
Com uma vasta quimera de triste Meigo
Meu sonho é contemplar a beleza dos teus Seios.
Me deixo ser mordido pela mais cruel Formiga
Eu por ti arrisco qualquer brutal Briga
Você tem cheiro de Laranja fruta tão Rica
És a donzela que tem o sobrenome a Linda
Mulher de prestígio de maravilhosa Menina
Tem no coração a sagacidade de Felina
Pode até o mundo dizer que és Metida
Mas tudo é um laranjal de ninfa Festeira.
Semelhante o meu amor escrito em runas
Semelhante a serpente numa Bruma
Grandiosa fêmea nos perderes da Tundra
Mulher de cândida enluarada de Luna
Dita a paz silenciosa da inspiração Muda
Com laranjas cultivadas pela bruxa Cuca
Ó semelhante o meu amor que Para
Ó semelhante ao universo do meu Nada
Ó semelhante o sagrado do Sábado
Mulher da fartura dos meus sonhos és a Alta.
Um dia eu me deleitarei no teu Ombro
E navegarei na imensidão do grande Assombro
Sou romântico e maldito Bobo
Que nunca vai elogiar as bondades do Sogro
Pois o amor é a ação do desejo Doido
Que mela a alma e é tirado com Rodo
As vezes não se apaixonar causa um certo Nojo
Pois toda paixão é sanguinário e impiedoso Lobo
Esse lobo nos rouba a alma e joga no Fogo
Pra depois provocar vômito e desgosto
O amor é um leve sentimento cru no rosto
Desse cru é cozinhado no vinho e Mosto
E si entrega por completo no banquete do Coito.
Teu perfume de Laranja e pele de Peixe
Moça branca com segredos abertos no Feixe
Tu que és a musa do âmbar da minha Sebe
Tu que és a tempestade de saraivas e Neve
Tu que na minha alcoólica situação me Bebe
Tu que nunca exaltou carácter que Fede
Perdida no porto da solidão do Este
Ó como sou romântico cheio de Febre
Diga minha mulher que esse poema ti Negue
Fale belle dame que esse sentimento ti Segue
Sou vazio sou vadio sou Hércules Serelepe
Diga que até um anjo por ti aos infernos eu Peque
Ao teu fascínio anjo caído arroubos me pegue.