VIVO-VIVO
VIVO-VIVO
Nessa vida estou vivo
vivo eu vivo o meu viver
um viver que vivendo vivo
vivo estivos e os grilos
daquilo além de você.
Vivo atrás do meu querer...
Vivo a queda e a subida
andando ou disparado
os buracos das descidas
os fartos e os escalpos.
Vivo a falta de vagas
e a lapada do prelo alto
o impostos das estradas
os pedágios dos asfaltos
o olhado do camarada.
Vivo a zinca lá do alto
no baixo estivos da vida
o poema sem dita rima
a rima que veio com sina
de uma sina de esquina.
Vivo a falta dessa ética
de coerência e de amor
o roubo que vem de cima
nas manobras assassinas
feitas lá pelos vovôs.
Vivo eu vivo os juros
a morte o pinote o norte
e o medo do teu escuro
pulos p'ra pular o muro
essa cruz no meu cangote.
Estou vivendo essa divida
que nem minha nunca foi
relevo sempre a tiririca
onde minha sorte zica
em ser tratado como boi.
No mundo todo do mundo
vivendo o espalho do medo
guardando os segredos fundo
a onde aponta do dedo
aponta a mentira de tudo.
Essa angustia essa neurose
vivos estão me sufocando
esclerose mental da multidão
essa aglomeração do coração
me faz voar do comando.
Vivo a decadências dos rios
com ampliação da poluição
os ricos em seus esguios
sem saber dos seus irmãos
o efeito de todo racismo
e o lava , lava das mãos.
Antonio Montes
VIVO-VIVO
Nessa vida estou vivo
vivo eu vivo o meu viver
um viver que vivendo vivo
vivo estivos e os grilos
daquilo além de você.
Vivo atrás do meu querer...
Vivo a queda e a subida
andando ou disparado
os buracos das descidas
os fartos e os escalpos.
Vivo a falta de vagas
e a lapada do prelo alto
o impostos das estradas
os pedágios dos asfaltos
o olhado do camarada.
Vivo a zinca lá do alto
no baixo estivos da vida
o poema sem dita rima
a rima que veio com sina
de uma sina de esquina.
Vivo a falta dessa ética
de coerência e de amor
o roubo que vem de cima
nas manobras assassinas
feitas lá pelos vovôs.
Vivo eu vivo os juros
a morte o pinote o norte
e o medo do teu escuro
pulos p'ra pular o muro
essa cruz no meu cangote.
Estou vivendo essa divida
que nem minha nunca foi
relevo sempre a tiririca
onde minha sorte zica
em ser tratado como boi.
No mundo todo do mundo
vivendo o espalho do medo
guardando os segredos fundo
a onde aponta do dedo
aponta a mentira de tudo.
Essa angustia essa neurose
vivos estão me sufocando
esclerose mental da multidão
essa aglomeração do coração
me faz voar do comando.
Vivo a decadências dos rios
com ampliação da poluição
os ricos em seus esguios
sem saber dos seus irmãos
o efeito de todo racismo
e o lava , lava das mãos.
Antonio Montes