Lua
Oh... bela Lua hipnotizante;
Torpor de ânsia por morte...
Queimando tudo dantes que era vida.
Lua no céu doutras eras,
Forte, imaculada, serena, faz de tua a sorte.
Morre por ti, renascendo mais forte,
Lança-te nas gôndolas, navegas em ti...
Busca pelo etéreo brilho da tua face,
Resplandecente de todas as tuas fases.
De certo... perde nos teus ais, são ais de mistérios e de luz;
Espalhados, reluzentes por dentro de nós. Somos complacentes.
Sorrateiramente invade pela janela,
Toca o manto da pele pálida, esvaida, fria, indecente;
Sem pulso, sem respiração e solitária.
A morte chamou por teu nome, tu ouviu, seguiu seus passos...
Em meio a sua plenitude magestral Oh... Lua; feita de aço,
Deitou a alma no teu peito, fez-te leito,
Adormeceu num sono ébrio, jazida, de ti, fez morada no teu céu...