Lua

Oh... bela Lua hipnotizante;

Torpor de ânsia por morte...

Queimando tudo dantes que era vida.

Lua no céu doutras eras,

Forte, imaculada, serena, faz de tua a sorte.

Morre por ti, renascendo mais forte,

Lança-te nas gôndolas, navegas em ti...

Busca pelo etéreo brilho da tua face,

Resplandecente de todas as tuas fases.

De certo... perde nos teus ais, são ais de mistérios e de luz;

Espalhados, reluzentes por dentro de nós. Somos complacentes.

Sorrateiramente invade pela janela,

Toca o manto da pele pálida, esvaida, fria, indecente;

Sem pulso, sem respiração e solitária.

A morte chamou por teu nome, tu ouviu, seguiu seus passos...

Em meio a sua plenitude magestral Oh... Lua; feita de aço,

Deitou a alma no teu peito, fez-te leito,

Adormeceu num sono ébrio, jazida, de ti, fez morada no teu céu...

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 03/05/2018
Código do texto: T6325816
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