Espelhado

Mesmo que tarde o retorno

Do contorno que arde a esmo,

Cauterizaram as feridas da pele

Nas peles queridas dos que azaram

As cores das dores

Do agora que namoras

A escultura viva no eixo de tua quimera

Pusera nua os seixos de criva criatura,

Onde deitar o abraço que manobra o coração,

Na ação da obra que o maço do sonhar esconde

Ou nos escombros de nós nos ombros

Da magia da nostalgia?

Insufla o nada com Lácio lírio da língua

Míngua o delírio ácio de fada múltipla,

Os caminhos nos partem em tantos

E tantos partem em caminhos diversos

Que os versos ecoam perpassando

O encontro e soam transpassando

O desencontro...

Falava do sorriso entardecido

Enternecido siso que calava

A solidão das mãos amigas,

Estiga nos desvãos da imensidão

Da semente de ente doente de gente

Pelo elo do belo.

Leandro Tostes Franzoni
Enviado por Leandro Tostes Franzoni em 02/05/2018
Código do texto: T6325099
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.