Julgamento sem condenação...

Não se atira ao chão, flor alguma...

Nem mesmo a frente de um juiz...

Tua nudez de alma cobriu-se de razão...

Mesmo algemada tuas mãos estão em prece...

Obrigadas por você a clamar pelo anjo...

Que junto a ti guardas teu segredo...

Tuas asas reluzem ao sol...

E teu corpo angelical...

Não serás maltratado...

Por manter tua nobre palavra...

Tua fé, é teu guia...

Tua jura, é tua vida...

Contra o peito tu encaras...

A condenação sem morte...

Tu és mulher de boa sorte...

Cujo sorriso desafia a morte...

E sob a luz da vela acesa...

Revela-se toda a tua beleza...

Teu pedido, sempre uma súplica...

Que nos ouvidos de anjos recaem...

E a ti, eles atendem sem demora...

Sorveu do cálice da vida...

E quem a condena agora, o juiz?

Dizia que morrerias, mas você vive...

Quem tem teimosia seu juiz?

Não se morre por amor, se vive...

Mesmo que jamais seja revelado...

E agora tudo é sentimento...

A luz teima em iluminar...

E o anjo a quem suplicavas...

Vive por ti agora...

E não importa como o chamam...

Desde que seja por sincero amar...

Guardado em seu nobre coração...

O lume dele insiste em queimar...

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Este texto trata-se de uma réplica ao texto da poetisa Vania Staggemeier, cujo nome chama-se "Condenação sem julgamento"

Que pode ser visto aqui no seguinte link: http://www.recantodasletras.com.br/poesias/632179

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Quero deixar aqui um beijo a poetisa, que com sua sensibilidade, provocou minha inspiração...

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 31/08/2007
Código do texto: T632507
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