DAS VEZES

Olhar a sombra e não ver a figura

Molhar a planta e não perceber a flor

Como se a canção que se insinua

Na crua nua intenção do ardor

Não sucitasse a verdade dura

Nem merece uma unção de amor

Só desejava uma porção da lua

Pra arrefecer o intenso calor

Dessa paixão imensamente pura

Que se consumirá num único fulgor.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 01/05/2018
Código do texto: T6324501
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