A porta
Era uma manhã chuvosa,
Algumas frustrações,
Mudanças de comportamento,
Intrínsecas incertezas.
Estava cinza.
Não sabia se chovia por fora,
Ou se eu fora a própria chuva
Relampejei, trovejei e não notei
Que por aquela porta entrara a luz.
Nossos olhos se cruzaram sem pretensão,
Sem intenção, apenas se encontratam,
No repouso do silêncio e tumulto,
A delicadeza do gesto: cavalheirismo.
Seguimos a destinos diferentes.
O trocar de palavras,
A empatia e algumas vontades,
Verdades
As portas se abriram,
Cabe a nós segurarmos a felicidade
Ou deixá-la escapar.