A porta

Era uma manhã chuvosa,

Algumas frustrações,

Mudanças de comportamento,

Intrínsecas incertezas.

Estava cinza.

Não sabia se chovia por fora,

Ou se eu fora a própria chuva

Relampejei, trovejei e não notei

Que por aquela porta entrara a luz.

Nossos olhos se cruzaram sem pretensão,

Sem intenção, apenas se encontratam,

No repouso do silêncio e tumulto,

A delicadeza do gesto: cavalheirismo.

Seguimos a destinos diferentes.

O trocar de palavras,

A empatia e algumas vontades,

Verdades

As portas se abriram,

Cabe a nós segurarmos a felicidade

Ou deixá-la escapar.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 01/05/2018
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