CONCRETUDE DO SONHAR
Terna mulher adormecida,
SILÊNCIO qual morte contida,
em sono profundo do amanhã,
momento de prazer, vida sã.
Relevo montanhoso coberto por lençol,
até pareces querer esconder-se do Sol,
encobrindo o corpo desejado,
harmonioso, pareces inspiração de fado.
Mas a noite não é perpétua;
logo, logo uma claridade continua...
e o dia não espera qual decreto.
Eu que nada tenho por perto,
saio do sonho que parecia certo,
penetro a realidade do concreto.