CONCRETUDE DO SONHAR

Terna mulher adormecida,

SILÊNCIO qual morte contida,

em sono profundo do amanhã,

momento de prazer, vida sã.

Relevo montanhoso coberto por lençol,

até pareces querer esconder-se do Sol,

encobrindo o corpo desejado,

harmonioso, pareces inspiração de fado.

Mas a noite não é perpétua;

logo, logo uma claridade continua...

e o dia não espera qual decreto.

Eu que nada tenho por perto,

saio do sonho que parecia certo,

penetro a realidade do concreto.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 29/04/2018
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