Pátria Gentil

Pátria que me pariu,

Por que não és mais gentil?

Sai do teu berço esplêndido,

Olha para o teu povo varonil.

Onde está o progresso,

Que tu me prometeras?

Eu só vejo o regresso,

De populações inteiras.

Onde está a ordem de tua bandeira?

Só vejo o caos generalizado,

E o teu povo abandonado.

Vejo o oportunismo de alguns,

O silêncio da maioria.

Cada um no seu quadrado,

Por comodismo ou covardia.

Oh minha pátria amada,

Quando chegará o dia,

Que os teus filhos explorados,

Sairá da letargia?

E o progresso tão sonhado,

Não se tornará utopia?

Tenho fé e esperança,

Que isto se concretize um dia.