O tempo é crível
Ando ao longo de um tempo
Despida de todo encanto
Que circula em volta da luz
Num caminho entre partes
De um vazio crível
Deslizo na lágrima que transgride
Para oxidar o meu silêncio
No canto das aves em pleno voo
Para medir a parte que escorre
No meio tempo em doses trançadas
Foi tão súbito que esqueci o hábito
Secretamente perdi partes que nunca vivi
Tenho uma necessidade intrínseca
De fechar os argumentos passados
Nos estreitos laços de fitas
Que apertavam a inocente parte
Dos muros lá bem atrás
O tempo perpassa pelo canto da luz
Solicitando o arquivo em páginas
E o meu olhar submisso sofre
Fico entre o temor e a dúvida
De um dia sereno em recordações vagas
No espelho reflete a doçura pálida
Que se estreita no momento
Fazendo dourar a distância em tempo
Passo a vida buscando a significação
Atrasando encontros desde sempre adiados
Vejo a beleza das formas solitárias
Sinto falta do canto dos passáros
Gosto do amor que rima com desejo
Tenho um calor agreste que deita em mim
Punge um sorriso vago no tempo e vai
Tenho na vida um mundo de ausência
Que cai no mar para molhar a alma
E brinda a eternidade em taças
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