Término
Permanece o nada, sequer o querer,
Até as raízes viram varizes expostas,
Hoje planícies, após serão encostas,
A meninice terá barba ao anoitecer.
A ampulheta opaca, presa na areia,
Não marca mais o tempo em coma,
O berço será túmulo, uma fria cama,
Já o almoço será servido como ceia.
Ao final a pele se embriagará de sal,
O coração lento pulsará na gordura,
O corpo vivo no crucifixo da moldura,
Vê pombos, ratos e letras de jornal.
Permanece o nada, sequer o querer,
Até as raízes viram varizes expostas,
Hoje planícies, após serão encostas,
A meninice terá barba ao anoitecer.
A ampulheta opaca, presa na areia,
Não marca mais o tempo em coma,
O berço será túmulo, uma fria cama,
Já o almoço será servido como ceia.
Ao final a pele se embriagará de sal,
O coração lento pulsará na gordura,
O corpo vivo no crucifixo da moldura,
Vê pombos, ratos e letras de jornal.