UmaGrandeMulher
Tem altura dos metros certos
O semblante de uma sobrevivente
Usa o cérebro e não o corpo
Hoje subscrevo essa sobrevivente.
Aquela que sobrevive a invasão de assédios
Menos batom, menos decote, menos casa de câmbio
Usa os cosméticos para antes se agradar
Defensora da mulher que é e sempre será.
Tem a voz para cantar a própria luta
Não teme fatos, nem jatos
Não se usa, nem se deixa desusar
Aborta a imoralidade
Uma verdadeira titã.
Usa o rosto da alma
Para embriagar de sentidos outra alma
E contorna o astuto paradigma
Que projeta a mulher como um acessório de cama.
Sabe que a Mulher não se compra em lojas
Não se encontra na Moviflor
Encontra-se em sonhos e jardins
A doar cor e sentido para as flores.