SORTE NO NORTE
SORTE NO NORTE
Lá vai a sorte do norte
a caatinga a moringa
o pote...
O cavalo com seu couro
o vaqueiro segurando o trote.
O choro do fraco
as lagrimas do forte
o tenente aposentado em seu totem...
O rancho e o cão
a cacimba
a menina descabelada
a pindaíba.
Lá vai a sorte do norte
o retirante pau de arara
a camisa volta ao mundo
calça tergal... Pito catimbau,
todo mundo esperando
pingos de chuva no quintal.
Lá vai a sorte no norte
poeira pelo sertão
beijo atirado na porteira
mulher morena rendeira...
Os bilros que fazem renda
a renda que arrenda a saia
a folha que cobre a tenda
parede feita de palha.
Lá vai a sorte no norte...
Castigada pela seca!
O vento nem forte nem fraco
os cochichos e os baco-baco
o boato lá do sul
onde sem cores ganham terras
e fracos são urubus.
Antonio Montes
SORTE NO NORTE
Lá vai a sorte do norte
a caatinga a moringa
o pote...
O cavalo com seu couro
o vaqueiro segurando o trote.
O choro do fraco
as lagrimas do forte
o tenente aposentado em seu totem...
O rancho e o cão
a cacimba
a menina descabelada
a pindaíba.
Lá vai a sorte do norte
o retirante pau de arara
a camisa volta ao mundo
calça tergal... Pito catimbau,
todo mundo esperando
pingos de chuva no quintal.
Lá vai a sorte no norte
poeira pelo sertão
beijo atirado na porteira
mulher morena rendeira...
Os bilros que fazem renda
a renda que arrenda a saia
a folha que cobre a tenda
parede feita de palha.
Lá vai a sorte no norte...
Castigada pela seca!
O vento nem forte nem fraco
os cochichos e os baco-baco
o boato lá do sul
onde sem cores ganham terras
e fracos são urubus.
Antonio Montes