Antônio S. Barbosa
Correntina – BA 23/11/2000
Neste bar, bebo
Neste bar, embriago
Nesta bar, faço minhas lamentações!
De tanta lamuria
já não me toleram,
mas ainda ouvem o que declamo,
com atenção de quem se agrada.
Assim, de bar em bar prossigo
bebendo sem pedir descontos.
Estou ficando chato, intolerável,
mesmo assim continuo bebendo.
Ao acordar
e recordar me arrependo,
Faço minhas preces a Deus,
Até peço para parar de beber,
Coisa que não quero deixar de fazer.
Bebo quando vou almoçar,
E bebo na volta ao trabalho.
Difícil passar frente o bar
e não beber uma só
pra acalmar.
Algo me impulsiona
alegria... tristeza...
Recôndita em meu peito que diz:
- Beba de novo!
Da primeira a saideira,
muita história pra contar.
Que viver infeliz!
Um trago, um cigarro, um papo
Descontração.
Fico bom por uns instantes
Em seguida me vem a frustração.
Motivos pelo qual bebo,
coisas do coração.
- Relembro meus amores...
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NOTA DO AUTOR: “O Bar de Tota é meu porto seguro. Aqui afugento as horas de tédio, bebo, canto, declamo versos. Não choro para que ninguém saiba o tamanho de minha dor. Essa é minha vida.”