CALAFRIOS (...)
Amparada pela loucura,
Na rebelião das vontades,
Noite trémula, mil maldades,
Por Enquanto, suores correm,
Em meu corpo frio,
Imoral é esse desejo,
Imperfeita é essa ânsiedade,
Barbaridade deixares-me com fome,
Como conter esse pudor do querer,
Como satisfazer esse prazer (...),
Como, se lentamente consome,
Meu estado muda constantemente,
Meu corpo não mente,
Quer-te por perto...
Nessa variação visceral,
Vem calar os meus instintos,
O frio que devora por interior
Vem descobrir os mil mistérios
O castanho realce da cor,
A febre dessa alma inconformada,
Calar os frios sombrios,
Vem, antes que nasça a alvorada,
(...) A sensação do pecado que escorre em mim,
A seda desse corpo, vem sentir...
A lava que nasce entre as rochas...
E percorre os meus lençóis,
Vem.. Vem...
Calar as labaredas dessa noite,
E os meus calafrios (...)
(M&M)