E o Vento Levou

Vendia leite in natura

Dizia ser sem mistura

Lidou nisso a vida inteira

Pela torneira passava

E quando nela faltava

Pegava na cachoeira

Era um leite muito ''fino''

Quem desse pro seu menino

Dava nele caganeira

A água q'ele botava

Ele jamais a tratava

Todo tipo de sujeira

Foi juntando, foi juntando

Num banco depositando

Dinheiro ''sujo'', nojeira!

Mas resolveu retirar

Pra num barco navegar

Com o filho e companheira

Um forte vento soprou

O bom barco naufragou

Não escapou nem a feira

Mas a família escapou

O leiteiro assim falou

Água deu-me água levou

Levando grande rasteira!

Tiago Duarte
Enviado por Tiago Duarte em 24/04/2018
Código do texto: T6318044
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