E o Vento Levou
Vendia leite in natura
Dizia ser sem mistura
Lidou nisso a vida inteira
Pela torneira passava
E quando nela faltava
Pegava na cachoeira
Era um leite muito ''fino''
Quem desse pro seu menino
Dava nele caganeira
A água q'ele botava
Ele jamais a tratava
Todo tipo de sujeira
Foi juntando, foi juntando
Num banco depositando
Dinheiro ''sujo'', nojeira!
Mas resolveu retirar
Pra num barco navegar
Com o filho e companheira
Um forte vento soprou
O bom barco naufragou
Não escapou nem a feira
Mas a família escapou
O leiteiro assim falou
Água deu-me água levou
Levando grande rasteira!