Minhas pepitas
elisasantos
Sei-me cigarra cantando até morrer,
antes do alvorecer, ao sol e na chuva
clamo por dias mais compridos,
lanço mão da minha bateia,
com sua tela bem fininha me ponho a garimpar,
com esmero, com carinho, em meio a tantas pedras
cabe-me as melhores separar...
A que exprima um brilho áureo ou a dureza dos diamantes...
Sem sequer uma impureza que possa a rima quebrar
a bateia filtra emoções , palavras suas e minhas,
numa catarse infinda... baseia meu persistente cantar...