Mundo de Snoopy e Charlie Brown e outros ''saraus''...
Mundo de Snoopy e Charlie Brown e outros ''saraus''...
Mundo de Snoopy e Charlie Brown
Nuvens solitárias
Branquinhas
Paisagens largas
Vozes pequeninas
O mundo de crianças
Crianças
Ingênuas, inocentes
Cirandas
A música é calminha
E a dança
E cansam as perninhas
E as tranças
Uma dimensão que não existe
Porque não existe essa paz
O céu estrelado
em cima da casinha
O pensador Snoopy
E Charlie Brown, consternados
Com a sorte que têm
Eu só/lhe tenho amor
É minha felina
Jeito bolinha de pelo
Em um corpo de amor
Vive o seu mundinho
E eu, no atropelo que é o meu
Dizem que o céu é cristão
Eu aqui no chão tenho os meus
Quando eu vou em busca de amor
Do tipo puro
E sou eterno
Como se já não precisasse de mais nada
Como se vivesse em outra dimensão
Em que tudo faz sentido
Perfeito, sensível
Ela, rainha
da minha
e de sua preguiça
Em uma ilha longínqua
de tranquilidade
traquinas
Verseja com o verde dos seus olhos
Se revira de tédio e ócio
pra esse mundo barulhento e tolo
especialmente desses seres humanos
patéticos
Perto dela eu encontro o que eu sempre quero
Aquilo que todo mundo dá a vida
Aqui, eu tenho de graça
Ok, nem tanto
Tenho que oferecer colo, chamego e comida
para ser aceito
Eu e ela juntos no vão da vida
Pensamos juntos em silêncio
E concluímos com a mesma certeza
O amor
Me esqueço um pouco do pesadelo
E sonho acordado
Ela, com seu conhecimento de instinto
Sem saber o que vem pela frente
Sentindo, como se o amanhã nunca chegasse
E eu, pelo contrário, tendo aquele amanhã fixado na minha mente
Cada vez mais perto
Ainda longe
Mas nunca se sabe
Eu queria viver mais nesse lado
Nesse cantinho de mundo
Onde eu me escondo das múltiplas bobagens
que os insanos humanos adoram inventar
Por isso que eu fujo para os meus abrigos
onde eu tenho sei
Que eu vou encontrar esse calor
que não machuca
Que fica comigo
Que esquenta a alma no ponto certo
Que afugenta um pouco a tristeza
Que faz a pele lembrar como é bom receber carinho
De sentir perto
Em busca de uns minutinhos de eternidade
Corpos colados
Abraços
Olhares
Calores que se tocam
Chamas que se queimam
São almas
Quando se encontram,
Inteiras
Em busca de uns minutinhos de eternidade
No paraíso sempre perdido do amor
Do carinho infinito
Do gemido
Que desafia a imensidão
Saímos
perseguindo
Perseguidos
A morte em cada janela fechada
Em cada noite dormida
Mais perto
E o queremos por perto
O amor mais puro pela vida
Quando estamos mais vivos que toda existência
Quando somos deuses