Saudades
Nos meus olhos
se escondem saudades
como gotas amargas
de infelicidade
A tua imagem leve e suave
esconde verdades
que seguiram comigo
tão próximas e tristes
As luminárias do quarto de dormir
são luzes de escuridão
teu sorriso sempre bonito e gostoso sorri
e sorrindo desenha em mim figuras em solidão
Porque as cores que pintei
a chuva levou e hoje
neste vento que deixou de soprar
acordei a noite porque sonhei
Por isso então não te encontrei
embora você ainda estivesse lá
e o tempo que voara tão longe
voltou menino e mesmo menino não descansou
Nos meus olhos
se escondem profundas
e intensas saudades
as quais queria afogar
Mas minhas saudades são oceanos
os quais não sei navegar
E qual será o porto e o ponto (ou a vírgula...)
que é preciso ou que se pode aportar?
Nos meus olhos
se escodem saudades
que buscam não na palavra
mas no silêncio verdades