tudo é nada
O Rio desce em fogo,
Lateja o rosto do Outro,
Medo, pedra, horror,
imagens emergem das coisas,
frio tédio de muitas horas,
corpo fulminado, a vida está sobre
Um abismo, e nossas crianças
Correm pelo assoalho e por
Nada saber, não peca em seus
Braços, é tudo agora, e tudo é
Nada, insegura sombra de signos,
corda, silhueta, portas de feridas,
Um arpão que puxa a memória, não
Sabemos mais nada, o mundo desaparece,
Tudo de novo é nada, o sagrado padece
De si mesmo, impossível não olhar
Pra dentro: áspero cone de veneno.
guilhotina para o nada