COLHEITA
(Sócrates Di Lima)
Olhai os campos da vida,
como um semear de amor,
Em toda a humana lida,
Tem em si o homem um grande semeador.
E, ainda, na fauna e na flora,
A vida nasce e cresce iguais aos seus,
No ar, no mar e terra afora,
Os frutos nascem de um semear por Deus.
E assim, o amor é semeado,
Nos corações dos seres viventes,
E em cada ventre gerado,
O amanhã emerge como em nascentes.
Plantei sonhos em meu coraçao,
Semeei as sementes da felicidade,
Colhi em mim, intensa emoção,
Como tambem colhi, saudade.
Saudade de um :Pai,
Saudade de uma mãe,
Saudade do amor que vem e vai,
Saudades que a vida impõe.
E assim, vivi meus longos anos,
Entre sonhos e esperança,
Entre amores sanos e insanos,
Todos em boa aventurança.
O Joio e o trigo,
sempre fara parte da vida,
Neste meu caminho eu sigo,
De mente aberta, e vontade atrevida.
A meu modo, sempre fui feliz,
Solidão jamais esperimentei,
E sozinho, minha liberdade refiz,
Não a perco e jamais a perderei.
Mesmo sob as mais rudes incompreensões,
Semprte mantive minha esperança em pé,
Idas e vindas de efêmeros c orações,
Nunca me deixaram perder a fé.
E quem dizer que sou ridiculo,
Quem disser que sou uma besta,
Ignoro, me é indiferente, apenas um ciclo,
Que vai embora e deixa meu coração em festa.
Exceto se de repente por pura magia,
Entre a realidade e as fantasias,
Entre os versos alegres e tristes da poesia,
Eu encontrar um amor para os resto dos meus dias.
E assim, em um infinito caminho semeei,
As melhores sementes na vida ja feita,
Amor, amizade, perseverança eu plantei,
E vida a fora, sempre fiz a melhor colheita.