HORIZONTE

Vão-se os anéis

E todos os dedos

Despido o sorriso

Na face os medos

Vão-se as certezas

Porvir é senão

Afirmar que se sabe

Não saber o que são

Vão-se os dias

Em escuro segredo

Clareiam as noites

A trama e o enredo

Vão-se os que ficam

A memória é rincão

Dos anos que foram

Daqueles que não virão

E fica, a tirintar insistentemente

O som do que ficou pra trás

A paisagem obscura na frente

Thiago Mandarino
Enviado por Thiago Mandarino em 21/04/2018
Código do texto: T6315040
Classificação de conteúdo: seguro