Incomum
Até quando?
Já não consigo segurar as correntes
São tempestuosas
E os meus braços humanos
A sua coragem está aflita e defeituosa.
Cansei de ansiar os heróis
Eles atravessaram o mito da morte
Talvez, também, fossem humanos
Apenas incomuns, pessoas entre gentes
Até quando seremos?
O comum é a prisão do nosso tempo
Nessa prisão perdemos a diferença
Abraçamos as aparências
Pisamos as crenças
Privamo-nos da criatividade.