Pelas ruas
Quando está tudo irresolvido
E a sorte foge, a esperança resiste
Quase desacreditada, perdendo o rumo,
Ainda encontramos alguém para sorrir junto
Ainda escutamos a música.
Os passos incertos de acertos e erros,
Cruzando os dedos para ter sentido a vida.
No mundo a gente cai despreparado
Quantas falhas e faltas
Inúmeros defeitos.
Passamos pelas ruas
Mas as ruas são outras e são várias
Que se encontram e desencontram
No incomum e na distância
Continuamos sem entender e a caminhar.
Becos estreitos, quase desabitados,
Avenidas com multidões,
Muita gente entrando e saindo
Algumas entram dentro de nós
Como oásis no asfalto
Onde se tem água para beber
E a sede é inesgotável.
Continuamos à andar com pernas sozinhas
Ou trançadas em outras fazendo um bailar
Seguindo o caminho ou descaminho
Sem nunca saber onde chegaremos.