Diana de Gales
Abraçada ao tronco do amor
Com os olhos perdidos no seu tempo
Sem voz para gritar o sofrimento dos povos
Passeando por uma praça de nobreza
Desejo para desejar
Procurando para encontrar
Um lugar para viver sem obedecer
Viva como morta
Caminhar para caminhar
Vestir para apresentar
Com seu par para representar
Louca para perdoar
Sobre a poeira do amor
Com os olhos trêmulos
Rocha pesada nos ombros
Faminta por um descanso, sua liberdade
Observando o mundo apático
Deitada desejando a sorte
Filha de um mundo cego
Pedindo perdão de um pecado ao pecador
Querendo prova de amor
Procurando um beijo na terra
Olhos úmidos de sangue
Faminta por água e alimento para todos
Fantasia obscena de uma mulher
Que reza o amor em qualquer igreja
Pedindo perdão para os pecadores
Dormindo, sonha seu desejo libertador
Celebrando a união de dois corpos
Correndo do beijo a frente dos admiradores
Rompendo com as alianças de ouro
Na certeza de um perdão no futuro
Sagrada hóstia para os que comungam
Trilha para chegar à privacidade
Um gosto de morte no asfalto flutuante
Um sono eterno leva Diana para o aconchego sagrado