SEM FÉ

SEM FÉ

Olhos perdidos no relógio do templo

Que parece chamar o pobre poeta

Para o fingir de pobreza do templo

Tentar fugir das melancolias que passam

Dos produtos que se oferecem

Mas a fé é profanada

Pela beleza da fêmea

Que desfila apertada

Por panos luxuriosos

Apaga-se o pensamento virtuoso

Vale apenas o momento

De fé esquecida

E lá vai a poesia rebolando

Não escrita apenas vista

Em genuflexão e pecado

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 14/04/2018
Reeditado em 14/04/2018
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