SEM FÉ
SEM FÉ
Olhos perdidos no relógio do templo
Que parece chamar o pobre poeta
Para o fingir de pobreza do templo
Tentar fugir das melancolias que passam
Dos produtos que se oferecem
Mas a fé é profanada
Pela beleza da fêmea
Que desfila apertada
Por panos luxuriosos
Apaga-se o pensamento virtuoso
Vale apenas o momento
De fé esquecida
E lá vai a poesia rebolando
Não escrita apenas vista
Em genuflexão e pecado