Magenta e azul-ultramar
Magenta e azul-ultramar; pele sensível
Em tendência para o casto ardor!
Azul-turquesa para a existência, cheirando-te
Entre uma taça e outra.
Delírio como ultraje! Ir ao fundo
Sem limites; adoecer e ter a visão;
Olhos que estalam desdenhando o
Mui existir fora de ti. Fausto febril índigo!
Relvado pródigo sob tora decaída; nuvens
Camponesas indo com minha ventura
Sufocante. Insetos tão afetados que me
Lembram você.
Há um culto em sua homenagem;
Há uma plaga que tem a forma de seu
Corpo; flama em arrancada órfã que
Talvez fosse você pisando no mármore lodaçal.
Tão-somente estou engendrando minha futura
Dor com adornos infinitos a planger; obsessão
Bélica dando uma carreira na aba da
Sedução destrutiva e sacra! Mil vezes sacra!
Magenta e azul-ultramar é o que eu quero!
Tua bebida, magenta e azul-ultramar.
Teu sexo, magenta e azul-ultramar - é o
Que o amor que é olho-d'água assopra.
A estaca perfura minha vida e assim tenho
Mais ânimo para cambalear sóbrio pelo
Pântano; posso ser os clowns que lhe
Convir e por algumas semanas o Haiti.
Magenta e azul-ultramar...
Magenta e azul-ultramar...
Magenta e o gozo e o azul-ultra, ultra-azul...
Magenta e o azul da cor do mar onde descansarei.