Calmaria na noite
A chuva hoje veio mansa, como quem está fazendo
um poema de amor, depois ela se foi,
ela me pareceu dedicada.
Quis refrescar a tarde antes do anoitecer.
Molhou todos os caminhos por onde você ia passar,
deixou as nuvens lindas acinzentadas,
para os seus olhos apaziguar
E se escondeu, num céu bonito e preguiçoso,
Só para ficar de longe, olhando você passar.
A chuva é uma menina travessa, sei,
Ela vai completar a calmaria no tempo,
Quando for noite, ela vai voltar, quer fazer àquele barulho
gostoso, que causa suavidade na alma,
Outra vez ela vai embora.
E quando o sono chegar, a noite vai se render às estrelas
que irão comemorar comigo,
a minha mais nova razão de viver.