REFÚGIO
Me desperto
Depois de uma noite
Mal dormida,
E me deparo
Com as minhas insatisfações:
Minha quietude
E minha genuína solidão.
Embora eu tenha tudo,
Aparenta-me que nada tenho.
Talvez o que me falta,
É o sabor de teu beijo amargo,
Seja lento ou apressado
Em meio a um abraço apertado.
Foste à escrita
A alegria
De minha vida,
E a leitura de um poema, meu refúgio,
No momento de solidão.
Onde me torno um escritor assíduo
E escapo do perigo,
Que é a desilusão
Da vida real.
Foste também, a literatura,
Aquilo
Que serve de amparo,
De proteção
Para este poeta
Que anseia por abrigo.