OUTRA PESSOA
tendes medo da vanguarda do amor
mesmo assim és feliz
quando alcanças a plenitude
nalguns segundos dalguns minutos do dia
tendes a virtude da paciência do amor
mostras o ciúme tedioso do amor
os crimes hediondos do amor
morres de vontade de viver do amor
unges de sagrado o profano do amor
segues as luzes intermitentes do amor
danças os passos trágicos do amor
a paixão desesperada do amor
a rotina enfadonha do amor
os minutos subjacentes ao amor
cruzas os caminhos convergentes do amor
ouves música na respiração irregular do amor
saúdas o amanhecer do amor adormecido
sucumbes na água
no ar no fogo na magia na química
no desenho na poesia no humor
do amar