Navega(dor)
Navego
rio de minha vida
sem que tenha cidades por destino.
Menino de baladeira
mato a dentro
pé no chão, muito invento
alma partida
Sou de lua
sol e vento
pó de estrada
navego,
e minhas águas passadas
sem reboliço sem nada
vão serenando ao longe.
Singro o meu rio
sangro.
E esta eterna vontade de partida
esta eterna sede
sede,
de beber a vida.