ROSTO VELHO- II

ROSTO VELHO-II

Rosto velho, quanto tino!
Que quando menino levou
n'um dia brincava sorrindo
n'outro dia, brincava amor.

Agora, sem pino e sem tino
já sente pelo corpo a dor...
não é mais nem um menino,
deixou de curtir aquela flor.

Rosto velho, hoje até reza
e com mãos postas ao senhor
faz promessas e faz louvor.

Em sonho sonha em voltar
e no tempo o qual cultivou...
Sorrir, e soltar pipa com avô.

Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 07/04/2018
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