Outono
Folhas esmaecidas em debalde rolam
Nas ranhuras desta tarde acinzentada.
Leves lembranças calaram os últimos dias.
Em solidariedade, lembranças ficaram.
Num quadro um sangramento, fútil,
Que nem de leve, invenção trouxe.
Que desgastadas, perambulam vazias
Em teus olhos, sem fulgor e sem brilho.
Nesta sequência de dias, o outono nasce.
Deixando os dias do verão saudosos.
Na cerimônia passiva que ficou pra trás
Num ciclo de esperança, agasalhada fica.
Folhas! Folhas coloridas espalhadas pelo hamo
Que em rabiscos formam quadros geométricos.
Aquarelas foram usadas com pinceis mágicos
Que o outono arrumou para pintar os gráficos.