PONTO DE PARTIDA
Os mortos vieram me procurar e eu os ignorei
Pois ainda não me sinto apto pra acompanhá-los
Sou muito materialista e tenho um ego inflado
Quando eu morrer eles talvez venham me buscar ou ao menos recepcionar
Sei que não haverão anjos nem trombetas... ainda bem
Talvez um abismo escuro como a noite mais escura se abra e me engula
Tal qual o tal do buraco negro... tal qual a vida
E neles flutuarei e me desintegrarei... ou talvez me dissemine por milhões de pontos...
Pontos que serão luminosos dentro do breu... até serem absorvidos pela escuridão eterna
E tudo voltará a agulha, ao ponto de partida.