Não Sei

Não sei se sou capaz de conter

De reter em mim tanto sentimento

Não transbordar em face do que estar

Talvez me falte a sutileza do disfarce

Mas como hei de revestir minha face

Se toda ela é reflexo de desejo!?

Minhas mãos se encontram inquietas

Tão aflitas quanto os lábios que se mordem

Em um autoflagelo penitente

Das horas que passam em gotas

Enquanto a vida é rio corrente

Quanto tempo ainda há para nós!?

A esperança do contato, consola

Anima, ainda que passageiro

Me sinto a admirar o adeus

Sem lenços que acenem de volta

A saudade se faz visita constante

Quanto tempo!?

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 05/04/2018
Reeditado em 15/04/2021
Código do texto: T6300263
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