Não Sei
Não sei se sou capaz de conter
De reter em mim tanto sentimento
Não transbordar em face do que estar
Talvez me falte a sutileza do disfarce
Mas como hei de revestir minha face
Se toda ela é reflexo de desejo!?
Minhas mãos se encontram inquietas
Tão aflitas quanto os lábios que se mordem
Em um autoflagelo penitente
Das horas que passam em gotas
Enquanto a vida é rio corrente
Quanto tempo ainda há para nós!?
A esperança do contato, consola
Anima, ainda que passageiro
Me sinto a admirar o adeus
Sem lenços que acenem de volta
A saudade se faz visita constante
Quanto tempo!?