Do café esquisitão

Café... Palavra admirável... Goles

de vida cara a cara - no aposento

mediano sinto-me desmedido.

A desmesura fora salta pra bem longe

da lira imagética nem tão cheia

de aparatos arcaicos como o relógio

carrilhão colado à parede da

existência lacrada. Malograda seiva

no entanto o enegrecer liquefeito transcende-me

de olhos esbugalhados na fugacidade do ponteiro

profético. Cinco e meia da tarde.

Cafezais rufam quimeras e pernas

cruzadas apenas no trago...

A aurora boreal passante com o

carnaval que não me pertence.

André SS
Enviado por André SS em 05/04/2018
Código do texto: T6300063
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