Do café esquisitão
Café... Palavra admirável... Goles
de vida cara a cara - no aposento
mediano sinto-me desmedido.
A desmesura fora salta pra bem longe
da lira imagética nem tão cheia
de aparatos arcaicos como o relógio
carrilhão colado à parede da
existência lacrada. Malograda seiva
no entanto o enegrecer liquefeito transcende-me
de olhos esbugalhados na fugacidade do ponteiro
profético. Cinco e meia da tarde.
Cafezais rufam quimeras e pernas
cruzadas apenas no trago...
A aurora boreal passante com o
carnaval que não me pertence.