O Mal

Joelhos ao chão

Cotovelos sobre o lençol

Dores na alma

Olhos vertem lágrimas ao natural

Noite infeliz

Madrugada interminável

Manhã inalcançável

Como entender

Que a solidão tem tantos nomes

Que cada nome tem sentidos, histórias próprias.

Que o amor pode repousar docemente na dor

E pousar suavemente sobre o ódio.

Como entender

Que numa oração fiquem lado a lado

O seu pior inimigo e a sua melhor amizade.

Que você acordará amando a ambos de forma igual, pela oração.

Mas durante o dia voltará à rotina, ao ódio costumeiro

Colocando em cada qual as suas razões.

Muitas vezes nós queremos mudar o mundo

Mal começamos por nós mesmos.

O Mal vive aqui, vive aí, junto a todos nós.

Robertson
Enviado por Robertson em 03/04/2018
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