DANÇARINA FLAMENCA

Chama cambiante,

Salamandra irrequieta,

Vultos sensuais, volúpias

Costurados em vestido,

seda carmesim

Alma ferina, charme provocante,

Meneios e requebros asfixiantes

Ritmo vigoroso, frenesi estonteante

olhares fulminantes de desprezo, hipnose

enleios apaixonantes

Bela dançarina flamenca,

sapateias na voraz ilusão de possuir-te,

sou teu emudecido espectador

camponês madrilenho

enternecido, na viril multidão estupefacta,

petrificada

Partiste meu coração ao meio

e fizestes dele

castanholas escarlates

a produzir musicalidade vigorosa

causticante n’alma

chama cambiante,

rosa vermelha, cálida

dardejas tuas pétalas de fogo

qual revoada

de pássaros cortantes n’alma

teu perfume embevece,

enfeitiças, cravos imprestáveis,

touros indomáveis,

da arena milenar

dos confins da Andaluzia

davicartes@gmail.com

poesiasegirassois.blogspot.com

Davi Cartes Alves
Enviado por Davi Cartes Alves em 29/08/2007
Reeditado em 03/02/2008
Código do texto: T629879
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